PAI JOAQUIM DE ANGOLA
Pai Joaquim ,como muitos Pretos Velhos, foi trazido ao Brasil na época da escravidão, era um simples morador de uma aldeia na Angola, quando houve a invasão portuguesa. Os portugueses escravizaram diversos negros que apresentavam um bom estado de saúde para que servissem de escravo do outro lado do Oceano. Os portugueses escravizaram diversos negros que apresentavam um bom estado de saúde para que servissem de escravo do outro lado do Oceano. Um de seus filhos gerou um filho com o nome de Tomáz, seu neto, hoje uma entidade conhecida na Umbanda que apresenta-se com o nome de Pai Tomáz. Quando Pai Joaquim chegou ao Brasil trabalhou pelo resto da vida em uma fazenda de cana e café na região de Minas Gerais. Durante sua vida na fazenda começou a ser chamado de Pai Joaquim pois era o curandeiro da tribo que se formou. Sempre tinha uma maneira de aliviar o sofrimento físico de seus irmãos através do uso de plantas, desenvolvendo chás,ungüentos e emplastos. Era muito hábil em animar seus irmãos com mensagens de carinho e esperança, sempre tinha uma lição para ensinar. Seus feitos milagrosos com seus irmãos chamaram a atenção dos senhores das fazendas que começaram a levar seus entes para serem tratados por Pai Joaquim. Ele amorosamente os tratava da melhor maneira possível, a notícia de seus feitos estava disseminando entre as comunidades mais próximas , o que o afamou como curandeiro e, para algumas pessoas da época, simplesmente bruxo, conhecedor das magias dos negros e , nesta época,totalmente condenável pela igreja. Certo dia, uma criança, filha de um dos senhores, foi levada até Pai Joaquim para que fosse tratada de sua enfermidade, ela apresentava sérios problemas de saúde, no início do tratamento, Pai Joaquim já sabia que ela lhe foi levada tarde demais e que seria quase impossível devolver-lhe a saúde tão esperada. O senhor, pai da criança, disse que se Pai Joaquim não curasse de tal enfermidade, ele mesmo trataria de ordenar sua morte e que esta se daria com muito sofrimento. Pai Joaquim, com todo seu conhecimento não pôde restaurar-lhe a saúde e a criança acabou desencarnando. Após a dor da perda, o senhor imediatamente ordenou que o velho Joaquim fosse açoitado até a morte, para que dessa maneira todos os outros aprendessem com quem estavam lidando e que lhe adiantavam quaisquer outros meios de cura se não fosse pela tradicional. Os senhores das fazendas não tolerariam mais os atos de curandeiros, nem negros que detivessem o poder de manipular as magias que só eles conheciam. Pai Joaquim foi açoitado por um dia inteiro, sem direito à qualquer alimento ou sequer um pouco de água. Pai Joaquim deixou o plano terreno ao entardecer, quando a luz do sol já não lhe aquecia mais o corpo. A criança cuja, enfermidade não foi possível curar hoje acompanha esse querido preto Velho em todos os trabalhos em que participa. Ela somente incorpora em médiuns que apresentam grande afinidade vibratória com Pai Joaquim e que estejam muito equilibrados durante o trabalho, sua incorporação só é necessária quando determinada pelo Pai Joaquim.